Mais e agora o que fazer nesse novo ano ?
No fundo eu sei que o número de pessoas ,como todo ano vêm acontecendo , afim de fazer alguma coisa vai ter se reduzido.
Trabalho , maresia , companheiro(a), maconha, depressão ou sei lá que... São alguns dos nomes que que sempre é dito(isso quando é dito) , que sempre eu ouço, vejo quando alguém desiste, quando alguém baixa a bandeira, quando alguém resolve que o mais sensato é ficar estático.
Entretanto todo dia eu faço a mesma pergunta: Fazer o que além de continuar?
Existe outra opção além de levantar a cabeça mesmo sabendo que as vezes vc tá tão sozinho q não sente o perfume de ninguém... A gente levanta a cabeça e ver q a estrada a frente não têm fim. Ninguém nunca disse que seria fácil.
Mais ficando estático ou sujando as solas dos pés caminhando, os espinhos dessa estrada vão machucar de qualquer jeito, o mais lógico é continuar.
Nesse novo ânus novo continuarei com os planos de 2007, 2006, 2005, 2004, 2003, 2002 e 2001com a mesma fé de crer no impossível. Fé essa que fez naquele fatídico ano de 2001 sair da minha vidinha confortável de nerd e fazer algo para além de mim.
Algumas pessoas até hoje dizem que naquele dia eu perdi minha página... Tudo bem em ser um livro sem todas as páginas. Se assim garantido for, que eu não faça parte desse zoológico, por mim essa situação é bem aprazível.
De pegar no microfone mesmo com toda a minha timidez e falar a gente que eu nem conhecia, minha visão de mundo , minha vontade de mudá-lo e principalmente chamando outros nessa empreitada. O engraçado é como as palavras fluíam e como rapidamente a tremedeira tinha cessado.
Era como se elas, as palavras, estivessem desde o meu nascimento esperando sair da minha boca. A mais pura verdade é de que dado o primeiro passo, rapidinho a gente começa a correr (questionar a autoridade, difundir a criatividade, ser autônomo, invadir prefeitura, ser tolerante, parar ônibus )
Se eu pudesse eu seria mais um na multidão, seria um cientista trancafiado em um laboratório pesquisando sobre antenas , vivendo meu mundo.
Eu sei que esse egoísmo hoje não cabe mais em mim. A vivência, ainda bem, tornou-se mais importante que a mera sobrevivência material ou mesmo academicista, e comemorando o que muitos acham ruim, ainda bem que a mente humana não têm um botão de reset.
O mais legal disso tudo é que apesar de se equilibrar sobre a faca e ter sempre a oportunidade de tirar o pé dela nem penso em sair de cima do gume, mesmo que a dor as vezes incomode.
sábado, 19 de janeiro de 2008
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Ano Novo
Pois é esse tal de 2008 chegou. E ás cinco horas desse novo ano eu estava dentro de um carro rumo as marretadas do trampo.
Pelo menos restava o consolo de essa ser a última vez que iria encarar essa rotina , escolhida a mais de um ano atrás. Escolha essa consciente , meio que um trabalho de campo sociológico altamente bem remunerado , mais do que uma capes pagaria seu tivesse um pós-doutorado em alguma instituição americana.
Agora entendo pq que os operários não romperam os seus grilhões... Nenhuma teoria política poderia ter me ensinado isso, aliás nenhuma têm a clareza de um dia inteiro de labuta debaixo de um sol cáustico com fluido de perfuração (apelidado de lama) por todo o corpo e a adrenalina nas alturas por que se alguma coisa der errado vc têm que correr... A única coisa que vc pensa nessa hora é que não quer seu filho naquelas condições e torce para que o dia acabe logo.
O tempo que sobra o alcool e as putas em doses e performances cavalares, consomem. Não dá tempo para pensar em revolução.
Não saí de lá pq quero fazer , quero pensar nessa tal revolução. Acho q a opção foi mesmo de ficar mais descansado , de exercer algo menos braçal.
No fundo eu acabei virando, incorporando mesmo um operário... Um operário é acima de tudo um sobrevivente e o que ele quer sempre é trabalhar menos , ficar no ócio, sair o máximo possível da rotina laboral. Ele mais do que ninguém sabe que o trabalho é algo ruim que mata ele homeopaticamente a cada início-fim de jornada.
Entretanto por saber que ele não é nenhum Nababo ele continua a trabalhar ...
Pelo menos restava o consolo de essa ser a última vez que iria encarar essa rotina , escolhida a mais de um ano atrás. Escolha essa consciente , meio que um trabalho de campo sociológico altamente bem remunerado , mais do que uma capes pagaria seu tivesse um pós-doutorado em alguma instituição americana.
Agora entendo pq que os operários não romperam os seus grilhões... Nenhuma teoria política poderia ter me ensinado isso, aliás nenhuma têm a clareza de um dia inteiro de labuta debaixo de um sol cáustico com fluido de perfuração (apelidado de lama) por todo o corpo e a adrenalina nas alturas por que se alguma coisa der errado vc têm que correr... A única coisa que vc pensa nessa hora é que não quer seu filho naquelas condições e torce para que o dia acabe logo.
O tempo que sobra o alcool e as putas em doses e performances cavalares, consomem. Não dá tempo para pensar em revolução.
Não saí de lá pq quero fazer , quero pensar nessa tal revolução. Acho q a opção foi mesmo de ficar mais descansado , de exercer algo menos braçal.
No fundo eu acabei virando, incorporando mesmo um operário... Um operário é acima de tudo um sobrevivente e o que ele quer sempre é trabalhar menos , ficar no ócio, sair o máximo possível da rotina laboral. Ele mais do que ninguém sabe que o trabalho é algo ruim que mata ele homeopaticamente a cada início-fim de jornada.
Entretanto por saber que ele não é nenhum Nababo ele continua a trabalhar ...
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Quem sou eu
- Colombiano
- Bom, eu sou acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Unifacs e tenho grande interesse na área de Processamento Digital de Sinais (PDS), sobretudo no estudo de sistemas não determinísticos e no processo de produção de música com o auxílio do computador.