sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

09:31, Taquipe - 27 de Janeiro.

Todo dia, sempre às 03:00 A.M,
Levanto,
Leio, Resumo,
Escrevo em .tex
Posto numa WIKI qualquer.

Enfim, nesse tentar refazer esse corpo cansado,
Nessa reconstrução diária,
Nessa sístole e diástole da dúvida, do medo e da ínfima vitória
A graça maior é tentar e tentar,
Mesmo que suado e cansado,
Refundar o que é exterior,
Todo esse injusto concreto armado,
Inclusive os pedaços de carne que andam sobre ele.

E o resto ?
Não os outros eus,
Mas os outr@s de carne e osso
Como andam ?

É melhor deixar pra lá
Comprar uma fazenda, cercar elétrica em tudo e colocar muros altos ?
Fazer um lindo castelo com um cavalo de 150k na garagem ?

Será ?
Será mesmo?
Mesmo?

Mas há tanta coisa
Tantas pessoas
E tanta esperança em cada uma
Que prefiro outra coisa.

Prefiro "volver a los 17"
Prefiro, prefiro e prefiro
A utopia de acreditar
Em outro mundo
Mesmo que quando ele nasça
Nem em ossos seja.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Pinheirinho, S. J dos Campos (Violência em pleno Domingo)

Não será o primeiro, nem o último acontecimento com esse viés. E não é por ser uma administração do PSDB, do menino da OPUS-DEI.

Impressão de que no Brasil as coisas estão sempre às avessas. Toda terra neste rinchão (ex-Pindorama) deve ter a chamada função social. Mas, quando é interessante e oportuno, a Carta Magna é rasgada e estropiada por aqueles que sempre tiveram tudo e nada contribuem aos desvalidos.

Pelo menos o Carlo Novaes, comentarista da Cultura, mostrou um pouco de sensibilidade na questão do Pinheirinho em São José dos Campos, interior de São Paulo. Para entender um pouco, recomendo ir no excelente blog, do Alceu Castilho, Outro Brasil.

Mas parece que o Geraldo não ouviu...

Hoje aconteceu a reintegração de posse, inclusive com algumas pessoas desaparecidas.

E no final das contas, a velha e sempre especulação imobiliária faminta por novos espaços.

Ouvirá, como também ouviu-se no centrão de SAMPA, que a coisa toda é contra o "tráfico de drogas", os "usuários de Crack" e outras palavrinhas do dicionário dos famélicos por dinheiro.

Aqui em SSA, existe uma situação, no mínimo, escabrosa.

Livros e livro


Já falei várias vezes dessa música por aqui. A letra é magistral, fazer o que :)

Livros (Caetano Veloso)

Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.


Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.


Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou ­ o que é muito pior ­ por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:


Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas.

Domingo, 22 de Janeiro de 2012


Hehehehehe !

Ao som de Maracatu Atômico, cantado por Gil no Álbum Cidade de Salvador, de 1973 Escrevendo um resumo sobre a NR-13 para os vasos separadores de lá do trabalho. É domingo , céu azul e eu aqui :)

Até que é uma boa adiantar as coisas do trabalho, pois amanhã quero tocar as coisas da empresa. Em outros casos, trabalho fica lá, lá no trabalho.

sábado, 14 de janeiro de 2012

13, 14 ou outro dia de Janeiro


Enfim,

Existe quase uma semana que queria postar esse post mas, por tanta coisa para fazer, preterir o mesmo. Peço que leiam como se fosse lá pelo dia 13 de Janeior tá certo ?

Mas vamos lá pois, enquanto postava aqui, o randômico do meu player, o Audacius, um fork do melhor player já feito, o XMMS, tocou "Livro", do Caetano Veloso.

Fiz uma meta meio louca de ler um livro por semana.

Será ?

Já aviso que estou atrasado e devedor de um livro. Se ainda não percebeu, estamos já na segunda semana do mês de Janeiro :)

Mas alegria, alegria meu povo. Ontem terminei o livro do Darcy Ribeiro chamado "Universidade Para Quê ?".

Encontrei esse livro em um sebo e, via estante virtual, a obra chegou até meu lar, doce lar.

Fiz a leitura da obra já que uma das minhas utopias, melhor colocar metas pois falar em utopia nesse mundo reto, raso e chato é crime, deste ano é criar uma Universidade Livre e Comunal.

Então, como quero, conjuntamente com outr@s "sonhadores", fazer o negócio sem muita correria e tendo, pelo menos, a noção do que foi já foi tentado/feito de interessante aqui em Pindorama.

Estou a ler, textos que abordem sobre quase tudo que foi construído durante o processo de criação da UNB, as experiências da Escola Parque, do Anísio Teixeira, as Escolas Anarquistas do início do século XX que existiram aqui no Brasil. Aliás, ideia com grande inspiração no projeto espanhol das Escolas Modernas,de Ferrer y Guardia.

Um outro projeto que tenho olhado com grande atenção são os Ginásios Vocacionais da professora Maria Nilde Mascelani. Interessante fazer o paralelo com as Escolas Itinerantes do MST e o trabalho da Bolsas Operárias de Fernand Pelloutier e as relações entre educação e revolução à luz da autonomia operária.

Para mais trabalhos a respeito do Ginásio Vocacional, recomendo fortemente a Tese da Mascelani abordando sobre esse trabalho realizado em meados da década de noventa do século passado com o projeto INTEGRAR junto aos metalúrgicos

Será um fim de semana de boas leituras :)

ps: Neste final de semana, o do dia 15 de Janeiro comecei o fichamentos das novas aquisições. Mas aí é papo para outro post

sábado, 7 de janeiro de 2012

Violeta, Palmer, Lautaro e Anísio Teixeira

Como foi bom conhecer a Violeta Parra. Alguém para colocar ao lado de minha outra musa, a Amanda Palmer.


Mas vai além, não é que uma seja melhor que a outra. Estamos a falar de pessoas, não há sentido nisso. A questão na indagação é ter uma referência feminina e com toda a carga de ter nascido e vivido para e pelo povo. E se isso não bastasse, a pessoa ainda canta com toda a alma que a gente pode colocar quando executa uma canção, ou mesmo fazendo um tapete, pintando um quadro. É como se as pegadas de cada um de nós, o povo latino-americano, estive por lá.

E no fundo, o que Parra queria era que esses moços e moças ao sul do Rio Grande, se levantem e tomem conta de si, sem a necessidade de salvadores da pátria. Violeta queria que milhões de Bartolina Sisa, de Luísa Mahin, de Abdias do Nascimento, de Toussaint Louverture, de Berta Lutz, de Túpac Katari, de Nariño e de Lautaro surgissem.



Que milhões de Violetas floresçam.

E é nesse "descobrimento" latino-americano, pois cada vez a referência de pensamento passa a ser mais sul-sul, fortalece quem sou. Incrível como damos as costas a esse continente.

Mas xenofobismo é algo que também não prezo. Por exemplo, por ler Anísio Teixeira, por conseguinte tenho que ler Jonh Dewey e também, tenho que ler o Darcy Ribeiro. O conhecimento não é estanque, o legal é não ficar fechado a uma determinada escola ou linha ideológica.

Por falar em Darcy Ribeiro, recomendo uma "mirada" na entrevista que do mesmo para o Roda Viva de 1995 : http://www.youtube.com/watch?v=qMkpbf5wKXw .

Com o link acima, basta, tendo o arquivo .py do Youtube-dl em modo de execução. O .py dele pode ser encontrado aqui (https://raw.github.com/rg3/youtube-dl/2012.01.05/youtube-dl), basta, caso queira ter o video no seu pc, fazer o seguinte comando:

##python2.6 youtube-dl.py -o DarcyRibeiro1 http://www.youtube.com/watch?v=qMkpbf5wKXw

O -o é para salvar o arquivo na melhor opção, e o nome do video seria um DarcyRibeiro1.flv Para salvar em ogv, basta fazer:

##ffmpeg -i DarcyRibeiro1.flv -acodec vorbis -ac 2 -vcodec libtheora -f ogg DarcyRibeiro1.ogv

O bom é se embebedar de conhecimento para depois transformar essa realidade macabra que rodeia a gente. Principalmente a miséria.

Ano novo !!!!

Ano novo !

Mas vamos embora,
Deixar de conversa,
De blá-blá-blá meu amigo.

Que aproveitemos que a roda deu a volta completa
Que a poeira baixou e que a novidade quer,
Novamente como dantes
Ser des-re-des-coberta diante dos nossos olhos.

E vamos amiga, vamos logo que os cascos dos cavalos não querem perder tempo
Querem bailar e cantar por aí
Celebrar o quão azul a nossa vida pode ser.

E vou nesse samba canção de mim
Ao sul ou pelo norte
Em qualquer pradaria,
Até mesmo na direção do mar
E mesmo que possa me afogar nas minhas insistentes tentativas
De ser este ser.

Ahh ! Sempre vale,
Apesar de toda dor de mais uma vez,
Ir até o meu paraíso.
Meu porto_nem_sempre_feliz
Eu.

Quem sou eu

Bom, eu sou acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Unifacs e tenho grande interesse na área de Processamento Digital de Sinais (PDS), sobretudo no estudo de sistemas não determinísticos e no processo de produção de música com o auxílio do computador.