Ouvindo Lirinha, com o seu "Labirinto e o Desmantelo", álbum de 2014, retalhei e gerei um entalhe mais ou menos assim.
Uma cálida canoa em tristes tempos nos tristes trópicos eleitorais de 2018.
El, ei de ações,
Oh avis rara !!
tenha pena desse nosso novo-falso desmantelo
e desmanche sobre nossos oris
seu sopro de calor
e todas as suas brasas azuladas
e que nesse novo ciclo,
de mar tão salgado e revolto,
lembremos do nosso cândido balde,
aquele velho Balde,
cercado de tantas novas vozes
e lavado na dança em sangue
de outrora,
que transbordava de tantos sonhos,
e de uma generosa ventania
no aqui e agora.
que essa enlutada saudade,
deste frágil Balde-Diamante adormecido, todo esse tempo,
ali, bem atrás do nosso sofá militante,
force-nos a novos tipos de navegações,
a cantar canções incadescentes
pra lá do nosso lar e endredons.
lá onde a luz-ouvidos vermelha
nunca quis e nem tentou chegar.
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