







<:::Remixando>Piotr Kropotkin<:::Texto_Re:combinante:::>
Surtado? Muito! O início do processo caótico é entender que várias ações da chamada “cultura digital” devem ser abolidas a fim de que a generosidade intelectual, a produção colaborativa e as tecnologias livres não sejam mais vãs palavras e tornem-se realidades vivas; que todas as formas de ações governamentais devem ser substituídas por uma nova forma de agrupamento, realmente colaborativo e livre da batalha entre o egoísmo neoliberal versus a pseudo-coletividade comunista que tanto impregna, de forma contundente, as relações governamentais. Com relação a isso, todos aqueles que não acreditam em verdades absolutas e possuem um temperamento ainda que um pouco revolucionário, estão perfeitamente de acordo.
Não devemos nos enganar, também hoje na era da cultura digital criam-se exércitos de empregados, aranhas ávidas, que só conhecem o universo através das salas envidraçadas de seus escritórios, ou por suas papeladas inúteis e indecifravelmente absurdas: um bando sórdido, que possui apenas uma religião, a do dinheiro e apenas uma preocupação, a de agarrar-se a um Partido qualquer, negro, violeta ou branco, a fim de garantir o salário mais elevado possível, por um mínimo de trabalho descomprometido, ou pior, aparentemente comprometido.
“Tudo o que afirmas está correto!” – dizem-nos, com frequencia, nossos contraditores. “Vosso ideal de uma cultura digital, realmente libertária, é excelente, e sua realização traria, com efeito, melhores condições para uma vida digna; mas quão poucos os compreendem, e quão poucos possuem a dedicação necessária para trabalhar por sua realização! Sois apenas uma minoria, fracos grupos disseminados aqui e ali, perdidos em meio a uma massa indiferente, e tendes diante de vós um terrível inimigo, bem organizado, possuindo exércitos, capitais, instrução. A luta que empreendestes está acima de vossas forças”- insistem.
Who cares? Pouco importa que, como número, sejamos minoria, a questão não é esta! O que importa é saber se as idéias de uma verdadeira “cultura digital, livre!!” estão conformes com a revolução que, através do digital, produz-se no espírito humano atual, e, sobretudo, nos indivíduos que carregam a antiga e atualizada fome de uma vida além das amarras neocapitalistasliberais.
Hack3rs e nerds culturais, acadêmicos negros, nordestinos que rejeitam a riqueza do sudeste, ministros macumbeiros…estas palavras, dizem-nos, despertam no espírito a negação da ordem, portanto, a idéia de desordem, caos. Mas que ordem? A ordem, hoje, – o que eles entendem por ordem-, são os nove décimos da humanidade que trabalham para proporcionar luxo, gozos, satisfação das paixões mais execráveis, para apenas um punhado de privilegiados que cultivam a cegueira, a real (des)ordem pulsante que insistem em ignorar: a ordem da miséria, da fome, hoje tornadas estados normal da sociedade.
O sonho não acabou, até pq sonhos não acabam é vc que acorda.
as coisas mudaram, agora devemos voltar a fazer com que todos possam viver produzindo livremente, sem serem forçados a vender seu trabalho e sua liberdade a outros, que acumulam as riquezas pelo trabalho de seus servos, oficineiros, designers, codeiros, músicos, artistas em geral.
Os escroques continuma a explorar a cultura digital, como várias outras culturas tb, claro. Mutiralam-na, encheram-na de frazes vazias, não para agradar os trabalhadores culturais, mas apenas para agradar a burguesia política, para obter um lugar em suas fileiras. Portanto, é só aos ativistas que incube a imensa tarefa de propagar, até os recantos mais inacessíveis, estas idéias de GENEROSIDADE INTELECTUAL, PRODUÇÃO COLABORATIVA E TECNOLOGIAS LIVRES.
Remixado Felipe Machado, escrito por mais de 50 mil manos….