terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Balanço

É, aninho vai morrer em menos de uma semana.

Esse foi bem rápido, mesmo que isso pareça chavão.

Pego a agenda e vejo que setenta por cento das coisas que queria fazer, que tinha me metido a fazer, acabei concluindo. Óbvio que nem sempre é o resultado que a gente planeja, nunca é, não para mais ou para o mais profundo inferno de minh'alma :)

A grande baixa desse "não rolou, o sinal tá off, chegando cortado" foi o livro de poesias, Todo pronto e faltando apenas uma revisão. Misto de preguiça com medo de expor uma das pedrinhas da minha caixa de mim, medo de abrir pandora para pessoal que não me conhecem, medo, medo, medo !!

Mas tudo na sua hora...

Esse ano conheci mulheres fantásticas. Amei algumas e odiei outras. Enfim, mulheres são assim, não há como passar por elas sem quem elas mudem a gente. Aliás acredito piamente que sou produto de todas as mulheres que conheci.

Mas agora estou amando uma. Esse lance de amar uma pessoa é foda.
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Não esperamos,
Acontece,
Não pede licença,
Nem boa tarde.

Vai entrando pela porta
E derrubando as porcelanas,
Vai falando alto,
Gargalhada de criança no Natal
É mar de março nas pedras da Praia do Buracão

É amor porra !
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Também foi um ano de boas viagens, de congressos inesquecíveis, de conhecer gente admirável, gente com os ombros colados no meu, de lugares exuberantes que fiquei com dó de não passar na foto todo o encanto que me conquistou, enfim foi um ano fabuloso. Mesmo que ele tenha sido veloz.

Mas talvez ele tenha sido assim, por ter sido um ano cheio. Sabe aquela coisa de não ter tempo para descansar na água pois já se aproxima uma outra onda e tu, para não ser levado por ela, deve dar aquele mergulho ? Essa foi a sensação.

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Voa depressa,
Sem olhar pelo retrovisor
Propulsionado pelo que existe na próxima esquina
Ah!, como tu gosta
De se lambuzar da novidade,
De se apaixonar pelo que se esconde
Por baixo do véu do dia que virá

Como tu és ligeiro
Parecendo até que seu sangue
É de pura cafeína

E se eu der bobeira,
Admirado pela velocidade
Que marca no seu velocímetro,
Tu passa e, sem pena,
Deixa eu viúvo de você,
Preso no ato de olhar
Recursivamente para o teto branco do meu quarto
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Tempo, tempo, tempo
Tão veloz que nem sabe chorar por mim
Tempo, tempo, tempo
Mesmo que na solidão
Tu nunca para de navegar

Vai desvanecer um dia meu senhor
E todos entenderam a amargura da sua lepidez
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Não vou mentir que foi cansativo, muitas vezes foi. Melhor ser assim, que viver na letargia olhando o teto branco do meu quarto.

Inteh,

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Quem sou eu

Bom, eu sou acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Unifacs e tenho grande interesse na área de Processamento Digital de Sinais (PDS), sobretudo no estudo de sistemas não determinísticos e no processo de produção de música com o auxílio do computador.