domingo, 30 de março de 2008

Sem Reboco

A vida é muito simples mesmo. Não entendo o motivo pelo qual a gente acaba por complicar essa merda.

Queria dizer outras coisas entretanto acho que o lance é mais esse: simplificar, tirar o excesso, os floreios que a gente ama colocar em tudo. Estou falando de uma casa. Uma simples casa de tijolo e sem reboco.



Não sei se esse é o momento, contudo, aqui em um lugar como esse, num pequeno quartinho de hotel eu tive a iluminação. E o melhor de tudo sem ajuda da dona Coelba.



Me lembrando de Buda , ele dizia que a paz era a ausência do desejo. E por incrível que pareça, eu consegui.

Sem desejo, sem ódio, sem expectativas. Dane-se. Eu tive consciência, por 10 miseráveis minutos, da absoluta solidão da condição humana, deitado no chão de um quartinho de Hotel e olhando pro céu azul, que devagarzinho ia ficando escuro.
Não falo aqui daquela solidão clichê de televisãozinha, de namoro, de amigos, de família, aquele tipo de solidão que as pessoas pejorativamente classificam como algo ruim, algo depressivo.

Falo da solidão de minha própria mente. Mente essa que ninguém conhece, que por mais que fale nunca revelarei por completo.

E nessa solidão, na qual só eu conheço meus pensamentos, habita o Sublime. A sensação de onipotência, e certo sadismo, ao constatar que as pessoas nunca saberão o que você pensa delas e mesmo o que eu penso de certas coisas.

A paz, a paz absoluta.

Nada importa.

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Quem sou eu

Bom, eu sou acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Unifacs e tenho grande interesse na área de Processamento Digital de Sinais (PDS), sobretudo no estudo de sistemas não determinísticos e no processo de produção de música com o auxílio do computador.