Até que surpreendeu-me este evento de hoje. Não pensem que galarei aqui de lindas mulheres, uma comida requintada e extravagante e com um pós-ceia emendado com um requiem alcoólico-psicoativo.
Desse mundo eu não quero tragar nem mesmo um punhado de tempo.
Perda de tempo com mais do mesmo.
Por aqui acabei ouvindo estória linda de amor entre um baiano e uma mulher do Belarus. Como explicar esse tipo de encontro ?
Somente uma cidade portuária/mágica como Salvador.
Também ouvi sobre física quântica e o seu uso como floreio em outras áreas do conhecimento, do festival de cinema russo que acontecerá por aqui ano que vêm.
Em pleno Natal, conheci alguém que vive sob a égide da URSS.
Papai Noel realmente caprichou este ano.
E quanto mais vinho, mais conversas sobre das loucuras de Lacan, as bobagens que o ditador de Belarus anda fazendo e também como alguém conseguiu aprender russo numa cidade como Salvador por causa do engarrafamento Centro-Itapoan.
E de vez em vez, dava um pulinho no quarto para ouvir bem baixinho "Grown Man Cry" da Amanda Palmer e viajar sobre tudo que acabei de ouvir apenas sentando despretenciosamente naquela cadeira de plástico vermelha.
E mesmo que me sentido meio sem uma banda, como maçã mutilada pelas facadas sem sentido do cotidiano, a vontade de contágio, de emergência desses causos e cacos multiformes em outro eu é perceptível.
Nem falei da ceia, de como estava gostosa. Simples e direta, como as coisas deveriam sempre ser.
Mas o gosto que fica na boca é o gosto da conversa em que a gente se renova e enxerga outros hiperbóreos por aqui, bem do seu ladinho.
Ceia deliciosa.
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