Hoje acordei com um riff na cabeça. Trata-se da primeira música do maravilhoso disco "Mudança de Comportamento", do Ira.
A letra de "Longe de tudo" é sensacional. Nem tomei minhas pílulas e fui no YouTube ouvir essa beleza. E, como uma lembrança leva a outra, lembrei de outra música sensacional que existe neste álbum.
" Sonhar com o que? " eu achava uma bela letra de protesto oitentista do rock nacional.
Porém, ela só fez sentido pra mim quando me vi indo e voltando do Pólo Petroquímico, abrindo e fechando válvula e, no final da jornada, chegando cansado em casa ou morto na faculdade .
Desde aqueles dias, lá nos idos de 2004, comecei a entender um pouco melhor as engrenagens que alimentam a alienação da classe trabalhadora e a sua quietude costumeira.
Se é uma coisa que fiz, durante esse quase um mês de "recesso" da minha hérnia de disco, foi ouvir música e o diabo do Netflix.
Queria ter lido mais, programado mais mas, infelizmente ou felizmente, os remédios são fortes demais para a concentração, algo necessário nas duas tarefas.
Vendo a série "Mindhunter", no último episódio da primeira temporada, foi encontrado por essa pérola do Led Zeppelin.
http://youtu.be/-1FOwFR8d_Q
Que refrão...
"Let me share your load Ooh, let me share, share your load"
Talvez a mais sulfurosa das verdades seja que a existência, pelo suas partes mais encantadas, seja construída pelas pérolas que encontramos nas milhões de estradas da nossa vida.
Ontem, naquele coreto de cidadezinha, deixei que uma dessas pequeninas jóias deixassem um oceano de bem querer em mim.
Que surpresa alegre
Você vim chegando
Ao nascer do sol
Bons ventos lhe troussem
Que não mais te levem
Num triste arrebol
Já faz tanto tempo
Que eu não esperava o teu regressar A surpresa é grande
Mais sempre bem vinda pode entrar Se agora voltou o passado ficou Bem distante pra tras, pra tras
E um novo arrebol revelou-se Desvendou-se, nasceu
Que surpresa alegre
Bem vindo amada
Chegue-se a mim
Cravos e açucena plantei
Pra você em nosso jardim.
Sono meio partido, entre o tapete e a cama, entre roncos e levantadas até o banheiro, regado ao áudio de videoaulas (só durmo com alguma coisa ligada, geralmente algum vídeo do Youtube) sobre empacotamento no Debian e as boas lembranças do dia de ontem.
Como não ter sonhos redondos depois do passeio no final da noite , naquele desenlace engraçado e juvenil, lá na Camicado, atrás de xícaras ?
Como não ter o sono dos justos depois de ler tantas planilhas, pdf e repassar a outros/outras sonhadores sobre o quão é vexatória licitação do BRT de Salvador ?
Como não ficar emocionado vendo, na volta pra casa, toda aquela fauna e flora da Avenida Juracy Magalhães e saber que daqui a pouco tempo ela será destruída ?
Nas últimas semanas, via planet e outras sub-redes, tenho acompanhado as notícias que envolvem o lançamento do novo Debian.
Neste novo ciclo, estabelecido já há alguns anos, a cada dois anos o Debian lança uma nova versão. E neste momento faltam poucos dias para o aparecer
o Debian 9, de codinome Debian Stretch.
Por isso, estava
olhando as novidades e pensando se irei mudar do meu mais que lindo
Debian 7. Estou totalmente feliz com ele e não vejo, até o momento em
trocar.
Passando aqui e acolá acabei por descobrir quem ficou responsável pela arte dessa nova distribuição.
Olha que lindeza !!!
A nobre pessoa chama-se Juliette Taka Belin e, dando uma pesquisada achei o singelo trabalho dessa artista.
Bom ver que o trabalho colaborativo poderá ser entendido e utilizados por falantes de 75 idiomas, suportando 8 arquiteturas e rodando exatos 51687 pacotes.
Maiores detalhes podem ser vistos, em português lusitano, aqui, neste pdf.
Neste feriadão, bem carrancudo como já é tradição nestes dias chuvosos de Junho vou, ao som carinhoso de "Toque Dela" (2011 - Marcelo Camelo), passando os olhos nos milhões de tarefas que programei para hoje.
Primeiro, para abrir a manhã, comecei com a leitura do meu presentinho de Dias dos Namorados. Trata-se do livro "Caymmi: Som, Imagem, Magia (1985 - Sargaço Editora).
Nas primeiras páginas acabei por descobrir que ele faz parte de um projeto de dois discos que, tempos atrás, acho que no último FISL, encontrei no Mercado Municipal de POA.
Essa era uma história para eu ter contado por aqui, da história da vendedora, bem velhinha, contando sobre como ela sofreu com o incêndio do Mercadão, ainda em 2013 (curiosamente a última vez que estive em Porto Alegre), dos discos que perdeu.
Lembro que ela, em um determinado momento da nossa conversa, perguntou de onde eu era. Ao saber que era de Salvador, aquela senhorinha sulista abriu um sorriso enorme e disse, com um garboso sotaque carregado:
- Tenho aqui um negócio pra ti.
Como resistir à aqueles três discos de Caymmi ? Eles brilhavam e cantarolavam aquela voz negrumosa e cheia de sargaço que tanto já acalentou as minhas paragens pensativas. Não tive como resistir apesar do preço salgado.
O importante é ser feliz e ter milhões de conversas para colocar aqui para vocês.
Eu acho que nada é mais baiano do que isso. Ir a Porto Alegre e voltar de mãos dadas com o arquiteto da baianidade.
Agora, dois dos três discos se irmanam com o livro. Aliás, cousa mais linda ele. Entre suas páginas bem cuidadas apesar dos seus 33 anos de existência, podemos ler um belo prefácio do Jorge Amado. Além disso, a autora, Marilia Barboza, possui uma prosa daquelas que a gente fica com vontade de devorar o livro de uma vez só. A parte ruim é saber qual a Fundação que patrocinou a obra... Comportamento costumeiro da classe artística baiana que ama viver nos palácios dos donos do poder local.
Acalanto, carinho, confidências, risos e mais risos, respeito
mútuo... São tantos e tantos afetos que tenho receio de soar de maneira
jocosa. Mas, quem é que consegue não soar assim quando o coração bate no
descompasso da ventania?
Óbvio que estamos às vésperas do 12 de Junho.
Porém,
mesmo que de certa maneira tudo isso perpasse o mundo do consumo e as
modorrentas datas fe$tivas do comércio, vale a pena ter um momento, de
silêncio e de preguiça, para que se avalize e avalie o quão importante
é, para a história pessoal de cada um, o encontro com determinadas
pessoas.
Deleuze, via Espinosa, gosta de chamar isso do "bom" encontro.
Fiquei
horas e horas naqueles sulfurosos e idílicas pausas, daquelas bem
gordas que a gente adormece acabrunhando-se na ribeira do sofá. Acordei,
tomei um ártico copo de café e achei que o legal mesmo era ficar na
frente do computador.
Ledo engano. Caminhar de círculos concêntricos que originou um nó górdio na minha cabaça. Meu cursor, lá pelas bandas do VIM, não arregimentou nenhuma das palavra azulada que rezei para aparacer.
Sendo
assim, tragado pelo vazio, fiquei ali no algoritmo de
recomendação do Youtube. Mais uma vez Deleuze apareceu :) E foi assim,
neste mar de imensas sensações, que as velas de içar do meu velho
saveiro acharam, uma ametista que cantarolasse o quão generosa tem sido
a experiência desse meu encontro com a Dona Iaiá.
Caso você me perguntasse por esse nome, o do Antônio Variações a mais ou menos uma semana atrás, eu não faria a menor ideia do que você estaria a falar.
Pelo bom e pelo mal que temos a boa vontade do acaso. Foi através do Filipe Catto que escutei essa delicada canção e tive a oportunidade de conhecer este espetacular artista português.
Canção do Engate
Tu estás livre e eu estou livre E há uma noite para passar Porque não vamos unidos Porque não vamos ficar Na aventura dos sentidos
Tu estás só e eu mais só estou Tu que tens o meu olhar Tens a minha mão aberta À espera de se fechar Nessa tua mão deserta
Vem que amor Não é o tempo Nem é o tempo Que o faz Vem que amor É o momento Em que eu me dou Em que te dás
Tu que buscas companhia E eu que busco quem quiser Ser o fim desta energia Ser um corpo de prazer Ser o fim de mais um dia
Tu continuas à espera Do melhor que já não vem E a esperança foi encontrada Antes de ti por alguém E eu sou melhor que nada
Para a delícia ficar completa, segue a nascente dessa gratidão pela vida, pelo amor, por tudo.
Enquanto o som da vitrola canta alguma música aleatória dos Strokes,
Ou a cabeça divaga entre um e outro trecho .py,
Tento tecer as minhas reflexões sobre os caudalosos anos de
2013, 2014... 2017.
"Aos nossos amigos", do Comitê Invisível, é
um texto absolutamente necessário para quem quer avançar e sair da
mesmice dos eternos esquetes anti-capitalistas, libertários,
autonomistas, etc e tal.
Sair do roteiro, sair do armário dos nossos herméticos templos e encarar o fato, pragmaticamente, que temos que agir como loucos. Chega de apanhar, de sorrir enquanto ocorre uma judicialização da nossa luta, de abaixo assinados que não resolvem nada. Chega do festim dos memes das redes sociais e dos pleitos no Avaaz.
Nossas
ações cotidianas precisam arriscar tirar o impossível da prateleira da
utopia e tornar-lo factível aos "não inciados", aos de fora das nossas
seitas pueris.
"[...] Mas por maior que seja a desordem por baixo dos céus, a revolução parece por todo o lado asfixiar na fase de motim.
Na melhor das hipóteses, uma mudança de regime sacia por instantes a
necessidade de mudar o mundo, para muito rapidamente reconduzir à mesma
insatisfação. Na pior, a revolução serve de estribo a esses tais que,
falando em seu nome, não têm outra preocupação senão liquidá-la. Noutros
sítios, como em França, a inexistência de forças revolucionárias
suficientemente confiantes nelas próprias abre caminho àqueles cuja
única ocupação é justamente simular a confiança em si e de a apresentar
como espetáculo: os fascistas.
A impotência azeda.
Neste ponto,
há que o admitir, nós os revolucionários fomos derrotados. Não porque
não tenhamos perseguido a “revolução” enquanto objetivo após 2008, mas
porque fomos privados, de forma contínua, da revolução enquanto
processo. Quando fracassamos podemos atirar-nos contra o mundo inteiro,
elaborar com base em mil ressentimentos toda a espécie de explicações, e
até explicações científicas, ou podemos interrogar-nos sobre os pontos
de apoio que o inimigo dispõe em nós próprios e que determinam o
carácter não fortuito, mas repetido, das nossas derrotas.
Talvez
nos possamos questionar sobre o que resta, por exemplo, de esquerda nos
revolucionários, e que os condena não apenas à derrota mas a um efeito
de repulsa quase geral. Uma certa forma de professar uma hegemonia moral
para a qual não dispõem dos meios é, também entre eles, um pequeno
defeito de esquerda.
Tal como essa insustentável pretensão a
decretar a forma justa de viver – aquela que é verdadeiramente
progressista, esclarecida, correta, desconstruída, não‐suja. Pretensão
que enche de desejos de morte quem quer que se encontre dessa forma relegado para as fileiras dos reaccionários-conservadores-obscurantistas-limitados-campónios-ultrapassados.
A apaixonada rivalidade dos revolucionários com a esquerda – a vendida,
a luxuosa, a governamental – é precisamente o que os mantém no seu
terreno.
Milton é sempre Milton, é sempre inspiração. O cmus, nesses 04:39 minutos, trazendo flores e aprontando das suas com a minha alma.
Como é bom em um dia de folga. Tanta paz, tanta plenitude sem as infinitas planilhas, sem as metas, sem a falta de humanidade com os outros.
Um dia em que parece que o mar atravessou minha existência.
"[...] Orgulhoso Camarada, de viola em vez de enxada [...] filho de branco e do preto correndo pela estrada atrás de passarinho [...]".
Morro Velho, esse primor de 1967, escrito pelo proprio Milton, já foi gravada por Elis, por Nana Caymmi mas, sem pestanejar, é com o moço de Minas que ela virou um hino.
ELE consegue ser incandescente
mesmo quieto,
mesmo meio esfinge cabocla.
Madrugada,
vida inundada pelo choro chorado de mansinho.
O OUTRO,
apesar de carcomido por longas jornadas,
não sabe o que fazer com o corpo que teimam
em transbordar incessantes diatribes contra os sóis .
Fica incomodado com a quietude.
Verão, rouxinol.
pedra na rebentação do mar de Março.
E por fim, existe aquele ELE (eu),
que é o orí da soma algébrica dos outros dois saltimbancos.
Um quente_frio sobre uma escorregadia corda bamba onde
desejo e tradição realizam uma estranha dança que só eu entendo.
Saveiros em silenciosa e solar revoada,
um doce Outono de Maio.
Com a poetisa Ana Cristina César, não
existe rima, não existe nada disso.
Nenhum dos alicerces tradicionais
são vistos. Mas, ao mesmo tempo, existe tudo naqueles textos que parecem
uma carta ou um diário. De repente, um infinito e singular mundo
poético aparece e empurra a gente pra bem longe da gente.
Tão singela, tão incendiária mas, infelizmente, ainda pouco conhecida fora do circuito acadêmico.
Para quebrar um pouco essa falta de zelo com alguém tão especial, que tal um lindo documentário ?
De tão tocado, segue um pouco de mim pra'ela:
A.C.
De todos os sargaços,
daqueles que no frescor marítimo
teimam em emaranhar-se nos nossos recônditos,
continua a ser a mais azulada.
Segue o link da bela entrevista do Daniel Colson para o pessoal da revista francesa Ballast (2015) que o excelente Coletivo Libertário de Évora, Portugal, fez a tradução para o português.
Colson é professor de Sociologia da Universidade de Saint-Étienne e em seus textos mistura a "tradição"anarquista com o pós estruturalismo de Deleuze e Guatarri. É nítida a influência em seus textos de Proudhon e Deleuze.
Enfim, possui um produção teórica que dialoga muito com o trabalho de outro anarquista contemporâneo que sofreu as clivagens do Maio de 68, o Tomas Ibañez .
Recomendo a leitura atenta dessa entrevista pois, com atenção e zelo, pode-se pescar pérolas, tão importante neste momento de avanço do capital.
Como bem disse o Colson, em um dos trechos do texto:
"A anarquia é uma estranha unidade que apenas se diz do múltiplo”
Nos últimos meses venho acompanhando de perto as incertezas que cercam muitos dos meus colegas de trabalho.
Todos sabem que tenho um enorme apreço pelo local e pelas pessoas onde trabalho. Gosto pra caramba do trabalho que desenvolvo e creio que para além da relação patrão empregado, meu trabalho agrega socialmente para além do meu indivíduo.
Vocês precisam conhecer o impacto social que a Petrobras gera nas regiões onde atuam. Regiões extremamente pobres e que sem a existência da empresa estariam mais vulneráveis socialmente.
Enfim, este ano completo onze anos nessa importante empresa e, com quase uma década acabei formando amigos nas mais diversas áreas da empresa.
Tenho colegas da Liquigas, da FAFEN-BA, da RLAM, da perfuração que andam desesperados com o futuro.
É de conhecimento de muitos de nós vem sofrendo clinicamente com essa situação. Ninguém sabe ao certo o que acontecerá com as nossas vidas.
Diante de toda essa tempestade tenho, meus amigos, muito pouco a oferecer além da minha solidariedade e o meu número de telefone.
Estamos juntos !!!
Mas, além de chorarmos juntos, temos que ir além.
Diante das denúncias da JBS, muitas relacionada a empresa onde trabalhamos, vemos que a classe política duela visceralmente pelo poder e o vencedor ganha o direito de oprimir e desrespeitar o povo.
Apesar de ganharmos um pouco melhor do que a maioria da população, não estamos imunes as teias do poder e as consequências nefastas dos interesses dessas pessoas. Fazemos parte da classe trabalhadora meu povo !!!
Por isso, peço que vocês não caiam mais uma vez no #foratemer como alguns caíram no #foradilma.
O mais importante agora é tensionar o sindicato a pressionar politicamente a empresa sobre a estratégia de venda dos ativos e, nacionalmente, via articulação com a Federação dos Petroleiros e FNP barrar a Reforma Trabalhista, a da Previdência e retroagir o marco regulatório em relação ao pré sal, com o dinheiro voltando a ser destinado à educação.
Essas precisam ser nossas prioridades de batalha.
Não caiam nesse caô de eleição indireta. Quem irá ser beneficiado com isso?
Vocês acham que daquele Congresso ou daquele Senado sairá alguma coisa que preste?
Talvez, acho eu, o processo de "colonização", aqui nas terras de Pindorama, foi tão vexatoriamente violento que teimamos em esquecer a nossa matiz portuguesa.
Não estou, obviamente tratando ou deixando de abordar sobre a questão da tão risível herança "orópeia" da cor da nossa tez. Isso já é bem "clarinho " quando vemos a miríades de mecanismos existentes para fomentar uma suposta branquitude em nossa pele.
O engraçado é que apesar de toda essa "relevância" em um aspecto menor, nós esquecemos das histórias mais interresantes de Portugal.
Uma das que mais gosto são os processos autogestionários e não hierárquicos que apareceram após o 25 de Abril de 1975.
Por essas e outras que tentarei, durante esse mês de Abril, comentar uma ou outra cousa sobre esse belo exemplo de autonomia generalizada.
Começo então, por um dos grandes poetas desse período cantando uma das letras mais lindas do cancioneiro popular de Portugal, Sérgio Godinho.
O pessoal da Toco y Me Voy, passou esse Domingo enchendo meus ouvidos com suas notas e letras. Entre uma e outra coisas techs que tinha para fazer nesse restinho de final de semana, a companhia foi desse saboroso som soteropolitano.
Mesmo sendo daqui, não fica ensimesmada no mundo particular dessa incauta cidade litorânea. Diversos grupos daqui, sejam músicas ou de outros campos artísticos, caem nessa cilada.
Engraçado que não conhecia mas, tive esse o prazer de ontem, no show deles na Livraria Porto dos Livros, ter contato com os dois álbuns deles (Reamanhecer - 2016 e Toco Y Me Voy - 2013).
Enfim, para deixar tudinho em um formato mais agradável e mais portável que um compact disc:
Bom, eu sou acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Unifacs e tenho grande interesse na área de Processamento Digital de Sinais (PDS), sobretudo no estudo de sistemas não determinísticos e no processo de produção de música com o auxílio do computador.