quarta-feira, 1 de maio de 2019

F de Feriado, F de Flask



Nesse feriado do Dia do Trabalhador, o primeiro que passo nos últimos dez anos sem fazer algum tipo de atividade política, resolvi ficar aqui mexendo no Flask.

O Flask é um web framework que ainda não conheço muito (na verdade não conheço nenhum) e por isso tô aqui devagarinho, fazendo o que todo bom samaritano deveria fazer, isto é, ler e reler a documentação existente e ir testando.

Meu objetivo é um site pessoal bem, bem estático pra mim e, ao mesmo tempo, fazer tudo isso usando a linguagem Python.

Estou naquela fase bem noob de copiar Hello Word e rodar.



E tudo isso ao som do incrível álbum Love Letters (2014) do Metronomy.


sábado, 20 de abril de 2019

Sessão nostalgia






Um tempinho atrás, quase uma década, eu já tinha comentado dessa trupe aqui nessa plaga digital. Porém, o que é bom é inesgotável diante do tempo.


Mesmo que esse pessoal da Metronomy tenha cara de jovem adulto descoladinho, contando a fase que praticamente a banda era um projeto individual do Joseph Mount, o pessoal completou  exatos vinte anos em 2019. 

É incrível o quanto o tempo caminha com passadas aligeiradas. Ainda lembro de quantas e quantas vezes parei pra ouvir o inesquecível Nights Out (2008).



Hoje foi um dia assim, nostálgico e ensolarado. Aqueles dias que a gente fica calado, com pouco contado com gente de pele e osso e olho no olho mas, por dentro, são desertos justapostos com milhões de curvas, um mar turbulento de falas, de diálogos dissonantes entre todos os nossos múltiplos mais recônditos.

Um dia de VLC e MPG123 .

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Quando o powerline no Gnome Terminal virou Evangelion




Hoje cedo, pela manhã, sem querer, muito sem querer mesmo, acabei por cair neste refrão:

"It all returns to nothing, it just keeps
Tumbling down,
Tumbling down,
Tumbling down"

Interessante que muitas vezes a gente fica ouvindo e se apaixonando pela melodia das músicas e, boa parte delas abordam sobre temas pesados e bem distantes do que elas provocam na gente. 

Você pode ficar perdidinho e dançando com a voz da Arianne Schreiber mas, a coisa é bem down, suicide né !!! Mas, e ainda bem, a grandeza da arte são seus múltiplos significados para quem arrisca-se interagir com ela. Engraçado que minha pesquisa era sobre colocar o powerline no Gnome Terminal  e acabei caindo nessa canção.

Em português achei essa página contando como implementar o powerline. Nem precisou correr tanto e se perder no man da powerline ...



Ele também pode ser instalado no Vim e Tmux.

E a tal canção do desamparo, que coloquei um trecho acima (Komm, Süsser Tod), que é tema do famoso anime mecha Neon Genesis Evangelion, é essa aqui:



Parece que no ano passado o anime Evangelion aportou no catálogo da Netflix. Mas, como você provavelmente é da Velha Guarda da Portela, bem fácil encontrar em torrent  :)

O soundtrack também vale a pena baixar.


domingo, 14 de abril de 2019

Casa nova



Depois de quase oito anos, meu notebook partiu dessa pra melhor. Por isso, estou a comprar novos móveis e pintar as novas paredes desse meu novo apê. Como quero um notebook por no mínimo três anos , optei por um Dell G3 3579 A10p.

Mas, cepando o W10, que veio de fábrica, ele ficou mais ou menos assim:


É incrível como eu estava anos e anos sem fazer todo esse trampo de instalação e configuração. Quando muito um $ apt-get dist-upgrade e nada mais. Muita coisa mudou, principalmente na parte gráfica e no minimalismo possível com umas configurações supimpas do Gnome e o i3.

Enfim, passando essa etapa, sigo com o Vim e nada mais. Quero, dessa vez, que esse notebook sirva para um projeto bem legal que sempre quis tocar mas, cargas d'água da vida, nunca tive a necessária dedicação para tocar.

Enfim, os tempos no pt_br estão sombrios e o que me cabe neste carcomido latifúndio é eu e os códigos.

Tanta coisa que queria ter postados durante todo esse hiato mas, vida que segue. Vamos que vamos 2019.

sábado, 13 de outubro de 2018

A trilha de Sampa

Rua, Banda de Recife, foi quem trouxe todas as cores à cidade_cinza embrutecida.

Talvez assim nem tão cinza e nem tão bruta. Uma cidade de homens e mulheres e , assim sendo, uma cidade que inala e exala contradições.

Ouça Rua - Do Absurdo - 03 - Escorrego de ruadoabsurdo #np na #SoundCloud https://soundcloud.com/ruadoabsurdo/rua-do-absurdo-03-escorrego

domingo, 7 de outubro de 2018

El, ei de ações

Ouvindo Lirinha, com o seu "Labirinto e o Desmantelo", álbum de 2014, retalhei e gerei um entalhe mais ou menos assim.

Uma cálida canoa em tristes tempos nos tristes trópicos eleitorais de 2018.

El, ei de ações,

Oh avis rara !!
tenha pena desse nosso novo-falso  desmantelo
e desmanche sobre nossos oris
seu sopro de calor
e todas as suas brasas azuladas

e que nesse novo ciclo,
de mar tão salgado e revolto,
lembremos do nosso cândido balde,

aquele velho Balde,
cercado de tantas novas vozes
e lavado na dança em sangue
de outrora,
que transbordava de tantos sonhos,
e de uma generosa ventania
no aqui e agora.

que essa enlutada saudade,
deste frágil Balde-Diamante adormecido, todo esse tempo,
ali, bem atrás do nosso sofá militante,
force-nos a novos tipos de navegações,
a cantar canções incadescentes
pra lá do nosso lar e endredons.

lá onde a luz-ouvidos vermelha
nunca quis e nem tentou chegar.

domingo, 23 de setembro de 2018

Mel e vergonha


Ontem minha mãe recebeu o título de Bacharel em Serviço Social.

Enfim, um rito de passagem, como tantos outros, essa tal formatura. Todavia, com certa atenção, você percebe o quão desgraçada é a elite do Brasil.

Pessoas simples e humildes, muitas delas vivendo, em suas famílias, o primeiro acontecimento dessa matiz. É nítida a falta de traquejo em lidar com as situações e mise en scene características deste tipo de imbróglio.

É foda e muito difícil de não ficar arrepiado com uma mãe, uma mulher pra lá dos seus 30 anos, vindo com um filho pequeno nos braços e montada em uma beca, com aquele sorriso de vitória no rosto.

Como não tremer na base  vendo um pai, um homem já idoso, com o corpo rígido de tanto trabalho braçal e tanta vida em dureza,trazendo ali, do jeito dele e com o orgulho dele, um filho ou filha que chegou a esse ato de encerramento de ciclo.

Porém e infelizmente, a maior parte desses brasileiros e brasileiras saem da faculdade sem entender um texto simples. Saem, pela lógica mercantil inerente ao tipo de instituição no qual realizarem sua formação, sem o mínimo de arcabouço teórico metodológico da seara profissional ao qual querem adentrar e, o pior, mantendo-se como adentraram a torre de marfim, como meros analfabetos funcionais.

Um diploma cheio de suor, cheio de galhardia mas oco.

É infernal pensar que a função dessas pessoas será, entrando em um mercado de trabalho cruel e ultra competitivo, tão somente serem a pedra de toque causadora da redução da massa dos salários das suas profissões, desempenhando, como seus pais e mães, quase todos negros e negras, os mesmos papeis  subalternos.

O ciclo continua. O mesmo ciclo apesar da pequena janela de acesso fornecida à ralé pela educação privada.

A sociedade brasileira é qualquer coisa escandalosamente esdrúxula e perfídia com os seus filhos e filhas mais necessitados.

É uma sociedade doente e que teima em não resolver sua principal injustiça histórica e, por isso, continuará a ser um país com o futuro natimorto.

Quem sou eu

Bom, eu sou acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Unifacs e tenho grande interesse na área de Processamento Digital de Sinais (PDS), sobretudo no estudo de sistemas não determinísticos e no processo de produção de música com o auxílio do computador.