Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 24 de março de 2020

Separação inseparável

Enquanto termino as minhas preces a Ogun,
em mais uma terça feira qualquer
observo o ventinho bom,
que vem do alto mar bem no meio da madrugada.

Vejo também, 
no cume calmo do meu recinto
Esse delicioso joguete infinito
da madrugada em teimar em não ir dormir
enquanto que a leste é bem devagarinho, 
vem esqueirando-se um novo dia
por demais alaranjado.

Ahh, apesar de toda essa beleza
penso reiteradas vezes 
que esse oleoso pano alaranjado
vai roubar de mim 
um Federal Reserve de preciosidades.

Esse ventinho das 05 da manhã

O barrulho da moto,
Do entregador do jornal 
que não eh meu

As gatas cantarolando 
no seu cio madrugal
E todos os outros ciosos cios
vividos aqui e acolá
Só soul eu pq
vocês me quiseram um dia

Istopô
Moqueca
Coragem pra resistir
Um Banho de Mar às 06:00 da manhã
O belo nos pequenos detalhes

Vão se foder seus filhos da puta
Fascistas do caralho
Entreguistas.

Eu vou mas,
vôo vai ter. 

Levo tudo isso comigo.
Se fuderam

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Nossa última catástrofe

De ontem pra hoje tive a oportunidade de conhecer, escutar e refletir a palestra "Nossa Última Catástrofe", proferida pelo querido Paulo Arantes, na UFMA, em 2018.

https://youtu.be/SQP6NMxLd-k

Acabei caindo nesse vídeo e o mais interessante é que, de certa forma, estou tentando construir uma resposta, pra mim primeiramente, à seguinte pergunta realizada por um amigo em um desses grupos de zap:

Gente, a pergunta que fica é: ainda há esperança? O que temos que fazer? P q não estamos fazendo nada?

Sigo então, ainda, tentando costurar um pedaço de pano, uma nesga de tecido de resistência argumentativa, que não seja uma mera imolação, mas que possibilite um norte de espraiado.

Nossa última catástrofe

Meu peito totalmente acizentado
está crivado de balas
cuja pólvora é essa falsa sísmica 
de uma contemplação da nossa própria 
modorrenta tragédia modorrenta.

Espero e espero, 
incessantemente,
os tais "amanhãs que começarão a cantar" 
em notas azuladas.

Mas, quando, pela manhã, você irá se transmutar nisso e dançará conosco?

Merecemos mesmo essa nossa última catástrofe?

Será necessário fustigar você 
ou basta de traumas circulares?

Quem sou eu

Bom, eu sou acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Unifacs e tenho grande interesse na área de Processamento Digital de Sinais (PDS), sobretudo no estudo de sistemas não determinísticos e no processo de produção de música com o auxílio do computador.