segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Segunda-Feira com Amália

Irei hoje ouvir Amália Rodrigues até o sol ficar desgostoso do mundo e ir se afundar no mar da Baía de Todos os Santos.

  E nessa degustação, lembro que ainda hoje, em pleno 2013, existem pessoas que afirmam categoricamente que o nosso destino teria sido melhor caso tivéssemos sido colonizados por outros europeus.

  Jamaica, Suriname e Haiti são excelentes exemplos... E nem vou falar das colônias europeias na África. Parece que algumas pessoas acham que os nossos ouvidos são enormes penicos.

  Pelo menos, nesse vale de sofrimento e vilipêndio aos povos massacrados e diasporizados no processo brasileiro, sentir e ser acariciado por toda a dor lusitana é uma das bênçãos.

  Com vocês, Gaivota (letra/música : Alexandre O'Neil/Alain Oulman) na voz da eterna Amália.



Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu,
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro,
Esse olhar que era só teu,
Amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
Morreria no meu peito,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Já é carnaval :)

Enquanto lá fora o pessoal, aqui pertinho da minha casa, pulam e tiram os pés do maldito chão, prefiro eu ouvir coisas menos edificantes.



Acabei de ouvir essa música. Uma jóia dessas perdida em uma das milhões de pastas existentes no meu Winchester.

Chego muitas vezes a crer que elas, as músicas, não são achadas e sim se deixam sensualmente serem ouvidas e assim serem "encontradas".

E aí o ar que propagem suas notas, timbres e idéias.

Mesmo que a obra vire tema de novela da casa dos Marinho.

Mas, no fundo no fundo, são as músicas que encontram a gente.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Igualdade sexual com tempero soteropolitano

 Há alguns dias atrás, acho que ainda no mês passado, em um ponto de ônibus de Salvador, escutei uma música que resumiu , na minha humilde opinião, toda a luta das mulheres para com a questão sexual e a igualdade dos papéis.

  Demorei para postar por aqui devido a demora em encontrar o nome da música e também a "letra".

  Muita gente pode dizer que a coisa toda é enxergar ambos os lados como pedaços de carne, etc e tal.

  Pode até ser isso... Mas ouçam o refrão desta "letra".  Creio que ela seria o troco da famosa letra que aludia a dar tapas na caras das mulheres as mesmas gostarem. Enfim, não entrarei nesta celeuma face a questão da violência doméstica versus o que acontece dentro das quatro paredes de um quarto.


  Resumindo a ópera:

  Música: Traição

  Banda: Pagodão





Que história é essa cabu?
Direitos iguais biel.
Respeite o capitão rapaz.
Toma lá da cá meu filho
Eu sou canalha, bravo foda
Safado cachorro louco
Cafajeste chapa quente
Manhoso e gostoso

Só ele pode trair, só ele pode curtir
E eu fico aqui em casa sem me divertir

Se ele pode comer eu também vou dar
Se ele pode comer eu também vou dar
Se ele pode comer eu também vou dar

Eu também vou dar
Eu também vou dar
Eu também vou dar

Agora também vou dar

Eu também vou dar
Eu também vou dar
Eu também vou dar

Porque elas me chamam de amor
De melhor homem do mundo
De gostoso e de perfeito

Com todo o respeito
Se ele pode com duas, eu vou contar de três
Imagine sua mulher com todos de vez

Eu sento traindo ele
Eu sento traindo ele
Eu sento traindo ele
Sento gostosinho

E eu boto traindo ela
Eu boto traindo ela
Eu boto traindo ela
Boto com carinho

Eu sento traindo ele
Eu sento traindo ele
Eu sento traindo ele
Sento gostosinho

E eu boto traindo ela
Eu boto traindo ela
Eu boto traindo ela
Eu boto traindo ela
Boto com carinho


  Viva aos pagodeiros e pagodeiras de Salvador. Caso Simone de Beauvoir estivesse no carnaval de Salvador estaria requebrando ao som de Traição. 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Cuidado com a Petaimbecilidade na hora de brincar com dados

  Para quem quiser brincar com R e dados genômicos pode dar uma olhada nos dois repositórios abaixo.

  1. http://www.ebi.ac.uk/arrayexpress/
  2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/geo/

   Uma boa massa de dados para ir brincando neste período de férias. Uma boa seria ir entendendo a filosofia do Bioconductor.
 
   Para começar e não ficar apenas brincando com os dados seria uma boa a leitura deste artigo e este livro aqui se quiser aprofundar um pouco mais. Um ótimo começo, no meu caso, foi adentrar neste tema por aqui.

   Mas não se engane que a disponibilidade de "Big Data" não significa que não precisamos mais do método científico e outras coisitas mais.  Parece bobagem lembrar disso mas o que tudo indica, nestaa era dos Petabytes, as pessoas meio que ficaram Petaimbecis/Petaignorantes.

   Falo isso para não acontecer de vocês se charfurdarem em um montanha de fezes e fazer que nem a Wired. É incrível como torpemente escreveu o editor chefe deste "tablóide geek"... Quantas vezes foram escritas a palavra Google...  Espero que vocês não pensem ciência utilizando a lógica do "With enough data, the numbers speak for themselves".
  
   Isso é pura pequenês intelectual. Método científico faz com que os dados tenham a chance de falar, passa contexto as montanha de dados que temos disponíveis.

  Hipótese, modelo, teste, etc são coisas que não devem sair de moda :)

  Uma olhadinha nesta obra é sempre bom de vez em quando.

  Pois é homeboy, a gringada muitas vezes derrapa e viaja na última novíssima maionese da vez.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Floss for Science

  Bem legal outro blog que acompanho já faz algum tempo.

  O FLOSS for Science eu acabei descobrindo na época que comecei a fazer alguns tutoriais em R e, meio sem querer, um colega falou que se eu "translate" o que escrevi para a língua de Shakespeare poderia ter meu blog listado no R-bloggers. Foi através da leitura do R-bloggers que, nesta vida de hiperlinks, cai no F4Science.

   Enfim, mas o lance por trás do F4Science é uma idéia ampla, mas para não confundir as diferenças filosóficas entre FOSS, FLOSS e Free Software e Open Source Software o bom seria uma leitura desse texto do Stallman .

   Mas voltando a parte do blog, o legal dele é ter coisas como entrevistas com o Jan Erik Solem,  autor do excelente livro lançado ano passado "Programming Computer Vision with Python". Você acaba conhecendo sutilezas e intenções do autor na construção de um livro que a gente não perceberia numa leitura desatenta.

   Por causa do F4Science eu sei por exemplo que o autor da obra que citei acima se inspirou em livros com a pegada existente no livro do Toby Segaran.

   Falando deste  livro, o draft do livro do Jan Erik pode ser baixado sem culpa por aqui.

   Enjoy homeboy :)

   Mas voltando ao F4Science.

   É por causa do blog que sei por exemplo quais motivos levaram John W. Eaton, o pai/mãe do Gnu Octave, a criar algo que pode, na maior parte dos casos, substituir o Matlab.

   O melhor de tudo são os livros que aportam por lá. Sempre bom para a gente ir mantendo-se atualizado ou mesmo ver as coisas sobre uma ótica diferente do que estamos acostumados.

    Enjoy povo :)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

EP da Mayana Moura

 Ontem chegou as minhas mãos, na verdade na minha caixa de correio eletrônico, o link com trabalho (EP) da Mayana Moura.

  Como quem me mandou é um ser que somente enxerga as mulheres como um pedaço de carne ambulante, ligando os pontos saquei que deveria ser alguém atraente e só. Mas não é apenas isso.

  O trabalho é bem feito, algo que é raro nesta terra tropical, principalmente tratando-se de um EP com uma pegada indie. Geralmente essas coisas são produzidas toscamente, sem o mínimo de cuidado.

  Googlando, ou melhor DuckDuckGooglando acabei por saber que a moça também é atriz de novela e fará o filme "O Tempo e o Vento", baseado na trilogia criada por Érico Veríssimo.

   Mas não se deixem distrair pela beleza da moça :)


   Ouçam as cinco músicas, principalmente a primeira delas, chamada Bed.

   Recomendo fortemente :)

sábado, 19 de janeiro de 2013

Bravo Walmor Chagas !

Uma pena que acabei nunca vendo uma peça em que o Walmor representou algum papel.

Grande bobagem as pessoas inquirirem sobre se ele tirou a própria vida ou foi vítima de algum enredo policial.

As pessoas perdem tempo com sandices e idiotices que enchem o saco de qualquer mortal.

Talvez o imortal Walmor só estivesse de saco cheio dessa imbecilidade coletiva, pasmaceira cultural na qual vivemos.

Recomendo fortemente a visualização desta entrevista concedida pelo mesmo ao canal Globo News.

Sublime os últimos minutos da entrevista. Até hoje a melhor definição do que é e também o que significa a palavra Teatro.

Quem sou eu

Bom, eu sou acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Unifacs e tenho grande interesse na área de Processamento Digital de Sinais (PDS), sobretudo no estudo de sistemas não determinísticos e no processo de produção de música com o auxílio do computador.