Algo que venho pensando para fazer nesse ano que se aproxima é um livro.
Na verdade seriam dois livros, um de poesia e um outro de receitas. Mas também penso em lançar um livro com as receitas de minha avó materna e um com as poesias de minha avó paterna (que descobre que era uma poetisa essa semana passada) .
Enfim, como o CMI está na vibe de fazer um livro, vou pegar as manhas de como fazer isso e aí é só depois replicar.
Outra opção e fazer algo usando a estrutura desse site e pagar pelo livro.
E eu que pensava que meu primeiro livro seria com uma temática tech...
sábado, 25 de dezembro de 2010
Um beijo pai
A verdade é que sabemos dar tchau
Mas dar adeus,
É algo que não aprendemos
E por mais que falem
Todos os seus sorrisos,
Todas as nossas boas lembranças
Não ajudam em nada
Nessas horas viram espinhos.
É doloroso dar um adeus quando não se espera
O gosto é bem diferente do que o do sorvete
É fel com pólvora
É sangue escorrendo no asfalto
É covardia às 19:00
Ah!
Parece que vou pifar.
Olhos marejados e ombros cansados
De todo esse peso de tudo isso
Mas por mais que não acredite,
Venço mais um metro,
Alcanço mais um centímetro por poucos miléssimos
E assim,
Tirando força de algum lugar perdido
De um lugar que não conhecia em mim
Vou indo,
Meio como um sargaço,
Mas vou indo.
E é esse lugar
Que teima em me invadir
Em inundar-me
Em me aquecer,
Colo e abraço ao mesmo tempo
Esse lugar é tu
E nenhuma bala .40 poderá arrancar
Esse você de mim.
E assim volta a caminhar,
Porque tenho que continuar
Para valer a pena as escolhas que você fez
Para ficar em pé de igualdade
De sargaço, viro barco com motor de polpa e assumo o timão da minha vida
Um beijo pai.
Mas dar adeus,
É algo que não aprendemos
E por mais que falem
Todos os seus sorrisos,
Todas as nossas boas lembranças
Não ajudam em nada
Nessas horas viram espinhos.
É doloroso dar um adeus quando não se espera
O gosto é bem diferente do que o do sorvete
É fel com pólvora
É sangue escorrendo no asfalto
É covardia às 19:00
Ah!
Parece que vou pifar.
Olhos marejados e ombros cansados
De todo esse peso de tudo isso
Mas por mais que não acredite,
Venço mais um metro,
Alcanço mais um centímetro por poucos miléssimos
E assim,
Tirando força de algum lugar perdido
De um lugar que não conhecia em mim
Vou indo,
Meio como um sargaço,
Mas vou indo.
E é esse lugar
Que teima em me invadir
Em inundar-me
Em me aquecer,
Colo e abraço ao mesmo tempo
Esse lugar é tu
E nenhuma bala .40 poderá arrancar
Esse você de mim.
E assim volta a caminhar,
Porque tenho que continuar
Para valer a pena as escolhas que você fez
Para ficar em pé de igualdade
De sargaço, viro barco com motor de polpa e assumo o timão da minha vida
Um beijo pai.
Pancadas de chuvas
O sol não cansa de me meter medo,
Com todo esse seu diário e tedioso sorriso quente
Calor, aconchego e tudo mais
Será que esse cara solitário não entende
Que toda essa luz me deixa cego ?
Que eu preciso agora
É de alguém que me inunde
Que deixe-me molhado
Que faça-me sentir frio
Quero ficar alagado
Quero a solidão de um dia com fortes pancadas de chuvas
Regado por uma graciosa ventania.
Com todo esse seu diário e tedioso sorriso quente
Calor, aconchego e tudo mais
Será que esse cara solitário não entende
Que toda essa luz me deixa cego ?
Que eu preciso agora
É de alguém que me inunde
Que deixe-me molhado
Que faça-me sentir frio
Quero ficar alagado
Quero a solidão de um dia com fortes pancadas de chuvas
Regado por uma graciosa ventania.
Novo trabalho do Arcade Fire
Esse é mais um dos posts sobre a Arcade Fire. Pensei que não escreveria nada depois de Neon Bible, afinal aquele para mim é um álbum muito especial, bem feito e acima de tudo extremamente corajoso.
Mas não é que esse novo trabalho deles,The Suburbs (Merge Records, 2010) , é também tão bom quanto o disco anterior.
Apesar de mudanças na sonoridade característica da banda (estão mais acessíveis) músicas como Suburban War, Deep Blue e We Used to Wait, são daquele tipo que a gente para e fica ouvindo e se deliciando com as intricadas melodias criadas por Win e Régine. Enfim, apesar de parecer mais pop, a essência continua presente, mas somente percebe-se isso escutando o disco como se ele fosse constituído de uma única música com mais ou menos 60 minutos.
Essa é a grande mágica desse álbum !
Tipo de música que a gente associa a algum acontecimento intenso na nossa vida, de entender que geralmente as nossas lembranças de uma época passada são melhores do que a época em que vivemos, esse tédio modorrento que temos que aguentar, que nos agarra em cada esquina em cada formulário que preenchemos, etc. Otimismo e desilusão em simbiose, esse é o hino desse trabalho.
Chato esse lance da mídia especializada ficar comparando o álbum com o Ok Computer do Radiohead.
Épocas diferente, composições diferentes, etc. Apenas para gerar um pouquinho de polêmica e aumentar a audiência dos respectivos sites.
Uma pena foi que eu não assisti o show , via live streamming é claro, do lançamento do álbum no Madison Square Garden.
PS: Experimentem correr ouvindo esse disco. É uma delícia ouvir essa obra-prima enquanto fazemos um cooper pela Ladeira da Barra (abaixo), no Dique do Tororó, etc.
Mas não é que esse novo trabalho deles,The Suburbs (Merge Records, 2010) , é também tão bom quanto o disco anterior.
Apesar de mudanças na sonoridade característica da banda (estão mais acessíveis) músicas como Suburban War, Deep Blue e We Used to Wait, são daquele tipo que a gente para e fica ouvindo e se deliciando com as intricadas melodias criadas por Win e Régine. Enfim, apesar de parecer mais pop, a essência continua presente, mas somente percebe-se isso escutando o disco como se ele fosse constituído de uma única música com mais ou menos 60 minutos.
Essa é a grande mágica desse álbum !
Tipo de música que a gente associa a algum acontecimento intenso na nossa vida, de entender que geralmente as nossas lembranças de uma época passada são melhores do que a época em que vivemos, esse tédio modorrento que temos que aguentar, que nos agarra em cada esquina em cada formulário que preenchemos, etc. Otimismo e desilusão em simbiose, esse é o hino desse trabalho.
Chato esse lance da mídia especializada ficar comparando o álbum com o Ok Computer do Radiohead.
Épocas diferente, composições diferentes, etc. Apenas para gerar um pouquinho de polêmica e aumentar a audiência dos respectivos sites.
Uma pena foi que eu não assisti o show , via live streamming é claro, do lançamento do álbum no Madison Square Garden.
PS: Experimentem correr ouvindo esse disco. É uma delícia ouvir essa obra-prima enquanto fazemos um cooper pela Ladeira da Barra (abaixo), no Dique do Tororó, etc.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
E nesse tempo de ócio ...
Por esses tempos de ócio rolou muita coisa divertida na minha vida. Na verdade não foram tão divertidas assim mas hoje eu as considero... Enfim.
O projeto da mesa multitoque possui hoje um protótipo funcional. Foi um sucesso a apresentação na feira tecnológica da Unifacs . Mesmo assim, na avaliação dos professores, nossa apresentação para a banca do projeto não ter sido muito boa.
Mas eu acho que isso foi mais para a gente não se achar muito... Enfim.
Valeu o tempo estudando códigos e tentando entender o porque que as coisas não funcionavam do jeito que era para funcionar.
É foda a gente fazer algo e ter uso para outras pessoas, é uma emoção muito louca. E é uma sensação de dever cumprido que ainda não tinha sentido com algo tech, só com passeatas e poesias.
Sempre bom trabalhar com os caras da tech hunters, apesar dos stress de sempre.
Agora é continuar o projeto. Muitas ideias e agora com novas pessoas agregadas ao projeto.
Outra coisa foi o fim do meu relacionamento. Enfim aconteceu e bola para frente. Ficam as boas lembranças e pronto. Acabei perdendo tempo demais pensando na causa, na minha culpa, etc. Mas no fundo o que resta é continuar e pronto.
E afinal de contas, existem muita gente interessante, basta girar o nosso olhar e abrir o coração.
Uma outra coisa foi os livros que acabei adquirindo (ou seria eles que me absorveram?) nesse período. Coisa na área de visão computacional, processo aleatórios, estatística, máquinas de aprendizagem, etc. Mais o grande destaque vai para um livro não tech. Um lindo livro sobre uma russa chamada Marina Tsvetáieva. Que mulher, que vida. E é disso tudo que nasce a poesia dela.
Como eu sou ignorante de não conhecer uma poetiza dessa. Enfim, a gente sempre descobre alguma coisa interessante. Aliás, a gente sempre é descoberto por coisas interessantes.
O projeto da mesa multitoque possui hoje um protótipo funcional. Foi um sucesso a apresentação na feira tecnológica da Unifacs . Mesmo assim, na avaliação dos professores, nossa apresentação para a banca do projeto não ter sido muito boa.
Mas eu acho que isso foi mais para a gente não se achar muito... Enfim.
Valeu o tempo estudando códigos e tentando entender o porque que as coisas não funcionavam do jeito que era para funcionar.
É foda a gente fazer algo e ter uso para outras pessoas, é uma emoção muito louca. E é uma sensação de dever cumprido que ainda não tinha sentido com algo tech, só com passeatas e poesias.
Sempre bom trabalhar com os caras da tech hunters, apesar dos stress de sempre.
Agora é continuar o projeto. Muitas ideias e agora com novas pessoas agregadas ao projeto.
Outra coisa foi o fim do meu relacionamento. Enfim aconteceu e bola para frente. Ficam as boas lembranças e pronto. Acabei perdendo tempo demais pensando na causa, na minha culpa, etc. Mas no fundo o que resta é continuar e pronto.
E afinal de contas, existem muita gente interessante, basta girar o nosso olhar e abrir o coração.
Uma outra coisa foi os livros que acabei adquirindo (ou seria eles que me absorveram?) nesse período. Coisa na área de visão computacional, processo aleatórios, estatística, máquinas de aprendizagem, etc. Mais o grande destaque vai para um livro não tech. Um lindo livro sobre uma russa chamada Marina Tsvetáieva. Que mulher, que vida. E é disso tudo que nasce a poesia dela.
Como eu sou ignorante de não conhecer uma poetiza dessa. Enfim, a gente sempre descobre alguma coisa interessante. Aliás, a gente sempre é descoberto por coisas interessantes.
A culpa desse ócio existente por aqui
O twitter acaba por tirar um pouco o sentido do que a gente escreve em blogs. Apesar dos blogs serem uma ferramenta simples, colocar 140 caracteres é algo ainda mais simples ainda. E percebo que essa limitação de caracteres deixa a nossa prosa mais objetiva. Enfim , é o nosso telegrama moderno.
Todavia, como sou chato e extremamente reticente não deixarei isso aqui para trás. Talvez a saída seja escrever coisas com mais calma aqui. E na atribulação do dia, na rapidez do cotidiano, colocarei no twitter.
Engraçado que eu achava ele, o twitter, chato e meio que egotrip demais. Que bom que a gente sempre pode mudar a nossa opinião :)
Todavia, como sou chato e extremamente reticente não deixarei isso aqui para trás. Talvez a saída seja escrever coisas com mais calma aqui. E na atribulação do dia, na rapidez do cotidiano, colocarei no twitter.
Engraçado que eu achava ele, o twitter, chato e meio que egotrip demais. Que bom que a gente sempre pode mudar a nossa opinião :)
Bom Natal
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Voltando
Enfim, voltei !
Muitas coisas para contar, muitas emoções vividas todavia, irei, com parcimônia, contar tudo.
Muitas coisas para contar, muitas emoções vividas todavia, irei, com parcimônia, contar tudo.
domingo, 20 de junho de 2010
Sem penas
Uma sensação de como se estivesse a uma grande altitude
Como um condor alçando voo,
O derradeiro voo da sua existência a outras galáxias,
E de repente a grande ave vai perdendo as penas
E eu sem ar,
Ave no solo e não solar
Eu assim, sem vontade,
Sem porra nenhuma.
E de soberba harpia, sem asa alguma
Viro corpo cansado
Passo a mais um na multidão de deitados no sofá em ensolarado domingo,
E piorando a tragédia nada suburbana e puramente mezzo mezzo,
Fico a pensar o quanto voaria,
Se apenas um sussurro
Dessa língua doce e pedregosa eu escutasse,
Se apenas navegasse
Nesse seu cheiro de cidade fria mas que tanto me aquece
Um riso, qualquer bobagem
Apenas uma coisa sua
É como se meu corpo tivesse entorpecido
Tivesse se perdido/achado no fundo do seu olhar
E nem parece que foi tudo ontem
E por mais que se tema,
A chegada das referências bibliográficas
A sensação aumenta
Me devora e te asfixia
Como um condor alçando voo,
O derradeiro voo da sua existência a outras galáxias,
E de repente a grande ave vai perdendo as penas
E eu sem ar,
Ave no solo e não solar
Eu assim, sem vontade,
Sem porra nenhuma.
E de soberba harpia, sem asa alguma
Viro corpo cansado
Passo a mais um na multidão de deitados no sofá em ensolarado domingo,
E piorando a tragédia nada suburbana e puramente mezzo mezzo,
Fico a pensar o quanto voaria,
Se apenas um sussurro
Dessa língua doce e pedregosa eu escutasse,
Se apenas navegasse
Nesse seu cheiro de cidade fria mas que tanto me aquece
Um riso, qualquer bobagem
Apenas uma coisa sua
É como se meu corpo tivesse entorpecido
Tivesse se perdido/achado no fundo do seu olhar
E nem parece que foi tudo ontem
E por mais que se tema,
A chegada das referências bibliográficas
A sensação aumenta
Me devora e te asfixia
Juramento
Mesmo que meu corpo peça
Não vou me deformar,
Ficarei aqui hermético
Não serei assim tão mundano,
Nunca mais.
E já que fico por aqui
E tu por aí
Então dizemos à rosa dos ventos,
Nessa jura tão ultrapassada e mesmo ela não acreditando,
Que somos cumplicies,
Meu bem-querer e todo o blá-blá-blá conhecido.
E seguindo a prosa do cotidiano, entre conversas de longa distâncias,
Indo e vindo por fibras óticas,
Bem quietinho, vivendo como se estivesse
Dentro de "La vie en Rose"
Espero que você entre por essa porta,
E escancare a janela da minha vida
E deixe todos os sóis dentro dessa sala.
Não vou me deformar,
Ficarei aqui hermético
Não serei assim tão mundano,
Nunca mais.
E já que fico por aqui
E tu por aí
Então dizemos à rosa dos ventos,
Nessa jura tão ultrapassada e mesmo ela não acreditando,
Que somos cumplicies,
Meu bem-querer e todo o blá-blá-blá conhecido.
E seguindo a prosa do cotidiano, entre conversas de longa distâncias,
Indo e vindo por fibras óticas,
Bem quietinho, vivendo como se estivesse
Dentro de "La vie en Rose"
Espero que você entre por essa porta,
E escancare a janela da minha vida
E deixe todos os sóis dentro dessa sala.
domingo, 13 de junho de 2010
Você e a ventania
Se tu e a ventania
Me deram as mãos
Quem eu devo temer ?
A verdade é que agora
Quando você sorriu e mesmo não querendo
Acendeu a luz do meu quarto
As sombras que existiam nele foram embora
E o mundo ficou tão pequeno
E a estratosfera tão perto
Ah !! Descobri que meu paraíso é terreno,
Porque minha estratosfera é você.
Me deram as mãos
Quem eu devo temer ?
A verdade é que agora
Quando você sorriu e mesmo não querendo
Acendeu a luz do meu quarto
As sombras que existiam nele foram embora
E o mundo ficou tão pequeno
E a estratosfera tão perto
Ah !! Descobri que meu paraíso é terreno,
Porque minha estratosfera é você.
Pelo telefone
Nada como a calma da sua voz
Para no acalanto, empurrar precipício abaixo
Todas essas cores desbotadas,
Todo esse cinza que enevoava tudo
Só bastaram algumas palavras,
Um sorriso e todas as nuvens sumiram
E de novo, num dia que já era, apesar de frio,
Praticamente um mormaço
Virou um tarde de primavera.
Essa é sua mágica,
Essa é a magia do raio de sol caramelo que para onde olha
Brilha e para o tempo
Já me absorveu faz tempo,
Já me desassossegou.
Para no acalanto, empurrar precipício abaixo
Todas essas cores desbotadas,
Todo esse cinza que enevoava tudo
Só bastaram algumas palavras,
Um sorriso e todas as nuvens sumiram
E de novo, num dia que já era, apesar de frio,
Praticamente um mormaço
Virou um tarde de primavera.
Essa é sua mágica,
Essa é a magia do raio de sol caramelo que para onde olha
Brilha e para o tempo
Já me absorveu faz tempo,
Já me desassossegou.
Projeto Semestral
Depois de stress e algumas noites perdidas regadas a doses cavalares de café (na verdade cafe + coca-cola + vodka + leite condensado !!), o projeto semestral da Unifacs ficou pronto.
Pois é, diferente do que trivialmente acontece nas faculdades de Engenharia daqui do Brasil, a Unifacs possui um projeto interdisciplinar em cada semestre. Cada projeto desse deve ser feito por um grupo de no máximo 4 pessoas e deve ser totalmente manufaturado pelos alunos, além de publicação de relatório (ou plano de negócio) que deve constar entre outras coisas o cálculo matemático do braço, incluindo aí as equações que descrevam a cinemática direta do braço bem como a inversa em notação Denavit-hartemberg.
Por isso digo que fiz bem em mudar de ares, de sair da pública.
A equipe na qual participei, chama-se Tech Hunters, tendo por integrantes este que escreve, Everton, Marco e Traquina (leo).
Enfim, para um projeto de primeiro semestre ele foi muito além. Dois graus de liberdade e alcance de 180 graus em dois eixos. Tudo isso contando apenas com três motores de passo de impressora.
Apesar de todo mundo na faculdade achar que o header do projeto foi eu, Everton foi o grande responsável pelo projeto, quem acabou correndo atrás da maioria das coisas devido a minha ausência na reta final por causa do trampo. Mas no fundo todo mundo participou, isso que foi bom.
Enfim, também agradeço a Adalton pela força dada a nossa equipe!!
Pois é, diferente do que trivialmente acontece nas faculdades de Engenharia daqui do Brasil, a Unifacs possui um projeto interdisciplinar em cada semestre. Cada projeto desse deve ser feito por um grupo de no máximo 4 pessoas e deve ser totalmente manufaturado pelos alunos, além de publicação de relatório (ou plano de negócio) que deve constar entre outras coisas o cálculo matemático do braço, incluindo aí as equações que descrevam a cinemática direta do braço bem como a inversa em notação Denavit-hartemberg.
Por isso digo que fiz bem em mudar de ares, de sair da pública.
A equipe na qual participei, chama-se Tech Hunters, tendo por integrantes este que escreve, Everton, Marco e Traquina (leo).
Enfim, para um projeto de primeiro semestre ele foi muito além. Dois graus de liberdade e alcance de 180 graus em dois eixos. Tudo isso contando apenas com três motores de passo de impressora.
Apesar de todo mundo na faculdade achar que o header do projeto foi eu, Everton foi o grande responsável pelo projeto, quem acabou correndo atrás da maioria das coisas devido a minha ausência na reta final por causa do trampo. Mas no fundo todo mundo participou, isso que foi bom.
Enfim, também agradeço a Adalton pela força dada a nossa equipe!!
Copa do Mundo
É copa do mundo
E minha seleção
Jogando como sempre jogou,
Com a merda do coração na mão
E achando que sempre vale a pena
Se embebedar em olhos sorridentes e flamejantes como os dela,
Perdeu de novo !
Por que eu fui querer vencer sem esquema tático ?
Jogo bonito não ganha jogo,
E nem faz com que minhas chamadas telefônicas sejam atendidas.
Estava tão bom eu sozinho,
Eu e meus outros eus.
Tudo calmo.
Mais 1 sempre estraga tudo.
Odeio esporte coletivo,
Eu odeio amar alguém
Dia dos Namorados
Não quero mais te sentir
A tua pele, sua voz, a sua risada fácil,
Tudo que era seu e tu tinha me dado
Será apenas seu de novo.
Meu tempo será apenas meu novamente
Não vou mais me desperdiçar em você
Vou catar meus pedaços de novo e ir por aí
Olhando agora daqui, todo aquele cheiro de mar
Todo aquele seu sorriso e aquele seu olhar amarronzado
Todo aquele poder sobre mim
Desapareceu.
É apenas nostalgia de um tempo atrás.
Mas agora, eu vou abrir a janela novamente
Deixar a brisa entrar
Beber de novo outro desassossego de alguém
domingo, 23 de maio de 2010
O Trovador do Terminal da França --- Arembepe
Sinceramente cada um é um pequeno sistema planetário, um mundo cheio de complexos segredos.
No caminho rumo ao aeroporto achei melhor ir de ônibus. Parece louco preterir um taxi confortável
por um ônibus velho da linha Terminal da França -- Arembepe para depois pegar outro buzão em São Cristóvão, enfim.
Mas existe uma razão.
O lance é que no buzão eu acabo ouvindo estórias, sempre rola alguma coisa. Dessa vez acabei ouvindo a estória de um cara que teve o irmão morto pela polícia. Na verdade rolava uma conversa rolava entre esse cara do irmão morto e o cobrador do buzão.
O assunto começou na falta de espaço no cartão de memória do celular de um deles. Queriam trocar músicas via infravermelho. Leia-se pagode ao vivo.
E eu que nem sabia que existia essa subdivisão no pagode baiano. No fundo cada um se fecha no seu mundo e não sabe sobre o que acontece ao seu redor. Somos toupeiras de nós mesmos. Essa é a verdade. Além de sempre achar que o que não nos apetece, não tem valor algum.
Mas a conversa dos dois foi indo para o lance de musica evangélica, porque ambos são evangélicos. E foi nesse ponto que o cara começou a falar da vida dele, da época que ele morava na Boca do Rio , do que aconteceu com seu irmão, da vida da família dele depois do acontecido, essas coisas. Pelo que ele falou o irmão dele não tinha envolvimento nenhum com o movimento.
Nas palavras dele "No lugar errado na hora errada".
Bem legal foi na hora que le mostrou com todo orgulho as placas de madeirite que ele instalou lá na av. Paralela. Realmente eu não sei como ele fez aquilo. Umas placas imensas de compensado em pleno viaduto, com mais de três metros de altura.
O cara tava muito feliz em falar aquilo. Muita gente nem deve ver aquilo alí na avenida, provavelmente eu também não notaria se eu não tivesse tomado esse ônibus. E sempre que eu passar por alí, mesmo que aquela placa de madeira suma, vou me lembrar da estória do irmão dele e de um cara que colocou de pé, a tempos atrás, um gigantesco muro de tapumes.
E eu e monte de gente preocupado em coisas nada palpáveis.
Soltei no mesmo ponto no qual a mulher dele subiu. Acabei não falando disso, mas a esposa dele ligava constantemente esperando ele para irem rumo a Arempebe. Ele também queria que o engarrafamento fosse menor naquele dia, porque queria ainda encontrar o filhinho dele acordado. Sim ele já tem um filho e torce para que ele não seja mais um chico ou joão como ele.
Peguei outro ônibus e nele tinha um cara bêbado chamando todo mundo de corno. Todo mundo constrangido, mas acabou que todos e todas riram da situação. Se fosse em outro lugar que não Salvador, a coisa acabaria diferente.
E nesse meu mundo de check-in's infinitos faço mais um, dessa vez rumo a Natal.
Mala despachada, parada para comer um Trio de qualquer coisa sem gosto no Bob's. Apenas para passar o tempo até o avião decolar. Tento puxar o laptop para postar a estória do buzão mais fico receoso de colocar detalhes demais.
Prefiro ruminar ela mais.
Pontualmente deixo minha cidade, sem saber se o Vitória chegará ou não às finais da Copa do Brasil, se fulaninha vai me dar quando eu voltar no Sábado e se será uma boa coisa dividir o mesmo assento com meu chefe durante uma hora e vinte minutos até Natal.
Minha Translação
Tentado me encontrar
Me perco nas tentativas.
E sem saber como,
Me empurro na direção desse nada,
Do corriqueiro, do fazer planilha no excel, do comprar o pão,
Do discutir relação na fila do cinema.
E mesmo parecendo perdido nessa vastidão amórfica e nada alvissareira,
Mesmo embebido nesse cinza etéreo
Nasço de novo.
E com esse sorriso no rosto e todas as pueris esperanças de sempre
Vou assim,
Meio como sempre,
Contabilizando derrotas,
Reiventando a mim,
Reinventando o meu redor
Buscando inventar a roda novamente com minha própia pele
Com minhas própias artérias,
Com meu clamor surdo
Busca
Busca infinita, moinho, roda gigante ou qualquer peça girante
Início fim fim início...
Como um cachorro sarneto
Mordendo o propio rabo.
terça-feira, 18 de maio de 2010
O mar e o menino ou A oca branca de poliuretano injetado
É impressionante como preciso e necessito me isolar aqui nesse trailer.
Se para algumas pessoas esse trabalho cria uma espécie de degredado social devido ao seu isolamento, para mim ele funciona como um carregador de bateria, um tibet de puro poliuretano injetado no qual existe somente eu mais nada.
Bolsa de valores, tpm de mulher, papers para ler, códigos para compilar e\ou interpretar, conversas de bar, amig@s que ficam idiotas com o passar do tempo, etc. Nada disso existe aqui, somente eu vive nesse meu claustro branco e de janelas caramelo.
Como é bom ficar sozinho e conjecturando sobre as coisas ao nosso redor, sobre nossos sentimentos, sobre tudo.
Reafirmar-se
Continuar na trilha. Mesmo que o mar tente, EU JÁ FALEI PARA ELE QUE É EM VÃO POR EU SER TEIMOSO, sempre apagar minhas pegadas.
ps: Virou graça essa onda de bug no blogspot... Néca de imagens
Agora falando sério...
Agora olhando aqui, percebo eu que esse blog já fez 3 anos !!!!!
E eu que pensava que ele ia morrer na quinta postagem. E ele vai indo, mesmo com todas essas letras tortas, e com todos esses descaminhos que ando.
Um abraço andarilho urbano-rural. Aliás como bom baiano, um cheiro.
E eu que pensava que ele ia morrer na quinta postagem. E ele vai indo, mesmo com todas essas letras tortas, e com todos esses descaminhos que ando.
Um abraço andarilho urbano-rural. Aliás como bom baiano, um cheiro.
Almíscar da beleza de todas as coisas
Lendo o blog da Aline , fiquei pensando em algumas coisas que ela colocou por lá. Aliás, já fazia um bom tempo que eu não olhava o blog dela, assim como também faz um bom tempo que não falo com minha amiga.
Coisa dessa minha geração msn... Coisas de uma geração que privilegia seu tempo com a máxima letargia possível ou em atividades que não agregarão absolutamente nada quando comparadas com coisas tão profundas quanto compartilhar seu tempo com um outro ser.
Todavia falávamos...
Esse lance de não conseguir concluir nada... É foda essa sensação. Abateu-me por um bom tempo.
Mas, puxa vida!
Imagine se eu tivesse concluído tudo o que eu comecei na vida. E aqui não falo somente de faculdade não, falo de outras coisas. De coisas banais como jogar handebol profissionalmente (por incrível e piegas que possa parecer eu era um talentoso jogador desse esporte, era da seleção daqui da Bahia...) ou mesmo tocar violino seriamente (a idéia era tocar uma peça toda de Paganini...). Foram tantas coisas, e praticamente nada de concreto nas mãos.
Seria um chato de galocha vermelha, seria um idiota boçal e cheio de grana. Enfim, no frigir dos ovos de granja, não seria eu, seria apenas mais um na multidão.
Esse é meio que o defeito de quem gosta de viver para os própios sonhos, viver do devaneio.
Sem medo e preconceito ser eternamente juvenil.
O lance é que se ele, o sonhos não nos encanta mais, se o desassossego passou, o melhor a fazer é ir atrás de outro. Se apaixonar, amar outra coisa.
Se embebedar em outro almíscar.
PS: Eu queria colocar umas fotos todavia o blogspot bugou de repente.
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Quem sou eu
- Colombiano
- Bom, eu sou acadêmico do curso de Engenharia Elétrica da Unifacs e tenho grande interesse na área de Processamento Digital de Sinais (PDS), sobretudo no estudo de sistemas não determinísticos e no processo de produção de música com o auxílio do computador.